Os quatro "momentos" de uma psicoterapia segundo Carl Gustav Jung passam por "confissão", "esclarecimento", "educação" e "transformação". Pensando nesses momentos em termos teóricos, poderíamos dizer que a psicoterapia junguiana congrega as 3 principais correntes da psicologia, além dela própria, no decorrer do processo de análise.
A primeira fase é a confissão. Pense nisso da seguinte maneira: a premissa é a de corrigir distorções e percepções equivocadas do mundo. É como aquela citação de Henry Ford "Se você pensa que consegue ou pensa que não consegue, em ambos os casos está certo". Ou seja, é primordial escutar o que incomoda o analisando, seu "segredo" e trabalhar com ele na tentativa de que ele veja outras perspectivas.
Jung diz, em seu célebre livro A Prática da Psicoterapia, que: "No momento em que o espírito humano conseguiu inventar a ideia do pecado, surgiu a parte oculta do psiquismo; em linguagem analítica: a coisa recalcada. O que é oculto é segredo. O possuir um segredo tem o mesmo efeito do veneno, de um veneno psíquico que torna o portador do segredo estranho à comunidade. Mas esse veneno em pequenas doses, pode ser um medicamento preciosíssimo, e até uma condição prévia indispensável a qualquer diferenciação individual". O que o criador da psicologia analítica quer dizer com isso?
Só essa mudança já vai melhorar muito seu problema. E vai resolver? Sim, mas a curto prazo, pois outras situações vão surgir na sua vida e que novamente vão provocar conflitos já que, por exemplo: uma solução pra sua necessidade de fumar (que foi o problema que você veio resolver), não vai funcionar da mesma forma pra sua atitude agressiva no relacionamento. É necessário passar pra outra fase da análise.
A primeira fase é a confissão. Pense nisso da seguinte maneira: a premissa é a de corrigir distorções e percepções equivocadas do mundo. É como aquela citação de Henry Ford "Se você pensa que consegue ou pensa que não consegue, em ambos os casos está certo". Ou seja, é primordial escutar o que incomoda o analisando, seu "segredo" e trabalhar com ele na tentativa de que ele veja outras perspectivas.
Jung diz, em seu célebre livro A Prática da Psicoterapia, que: "No momento em que o espírito humano conseguiu inventar a ideia do pecado, surgiu a parte oculta do psiquismo; em linguagem analítica: a coisa recalcada. O que é oculto é segredo. O possuir um segredo tem o mesmo efeito do veneno, de um veneno psíquico que torna o portador do segredo estranho à comunidade. Mas esse veneno em pequenas doses, pode ser um medicamento preciosíssimo, e até uma condição prévia indispensável a qualquer diferenciação individual". O que o criador da psicologia analítica quer dizer com isso?
Jung está falando da primeira etapa do processo analítico, que é a confissão, compartilhar o segredo, ele cita, para melhor ilustrar, a necessidade da criação dos mistérios em várias sociedades ao longo da história. Podemos entender citando as sociedades secretas como a maçonaria, as confissões perante o padre, e mesmo uma sociedade como a daquele filme O Clube da Luta com Brad Pitt e Edward Norton, todos são momentos de criação de um "mistério", um "segredo" compartilhado e que de certa maneira funciona positivamente - senão terapeuticamente.
Isso se dá porque possuindo o "mistério" o homem se protege contra a absorção pura e simples do seu segredo pela sociedade, e consegue se diferenciar da massa. Daí Jung diz que um segredo partilhado com diversas pessoas é tão construtivo, quanto destrutivo é o segredo estritamente pessoal, porque o segredo pessoal tem o mesmo efeito da culpa.
Tenhamos em mente que quando se tem "consciência daquilo que se oculta" o prejuízo é evidentemente menor, menor do que quando não se sabe que se está recalcando ou "o que" se recalca. Isso ocorre porque o segredo fica oculto até perante si mesmo, separa-se da consciência e forma o complexo. Lembra quando dizemos por aí? "Esse aí tem complexo de inferioridade"? Pois é, esse é só um tipo de complexo dos que se pode ter... O complexo opera com autonomia, não é perturbado pelas correções do nosso consciente, porque ignoramos a existência dele.
Khlalil Gibran disse certa vez: "Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim: (...) encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós". O que o poeta diz é completamente complacente com a existência do segredo e o paulatino "esquecimento" dele, transformando-o em complexo fácil, fácil. Ele fica, no final, aprisionado pelo complexo. O poeta era realmente louco? Não, pois através da própria poesia compartilhou seu segredo conosco.
Diz Jung: "Segredo e contenção são danos, aos quais a natureza reage, finalmente, por meio da doença. Entenda-se bem: são danosos somente quando o segredo e a contenção são de ordem exclusivamente pessoal. Se praticados conjuntamente com outros, a natureza se dá por satisfeita, e podem até ser benéficas virtudes. Apenas a contenção pessoal é nociva.
Só essa mudança já vai melhorar muito seu problema. E vai resolver? Sim, mas a curto prazo, pois outras situações vão surgir na sua vida e que novamente vão provocar conflitos já que, por exemplo: uma solução pra sua necessidade de fumar (que foi o problema que você veio resolver), não vai funcionar da mesma forma pra sua atitude agressiva no relacionamento. É necessário passar pra outra fase da análise.
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